sábado, 2 de fevereiro de 2013


Fé e Obediência


Quando a fé não opera objetivando a manifestação de Deus, o resultado será sempre a incerteza do coração.
A primeira Páscoa, por exemplo, foi um exercício da fé, porque o sangue do cordeiro e o coração das pessoas operavam simultaneamente. O sangue apontava o caminho da obediência e o coração estabelecia a base de sustentação da fé. No momento em que a porta foi fechada, ela ocultou a família que estava do outro dela, do sangue. Porém, Deus via o que ninguém mais via: Ele via o sangue que sinalizava a existência de uma família que obedeceu rigorosamente a Sua ordem e creu na Sua proteção.
O sangue colocado verticalmente – nas ombreiras da porta, mostrava o meio de ligação das pessoas na terra com a realidade do céu. O sangue colocado horizontalmente – na verga da porta demonstrava o limite estabelecido por Deus entre a vida (a família dentro da casa) e a morte (o Destruidor agindo do lado de fora). Antes da meia-noite, fechou-se a porta de cada casa. Não se podia fechar a porta sem o sangue do cordeiro. Também, não se podia colocar o sangue na porta e deixá-la aberta.
Nós precisamos entender a linguagem profética do Antigo Testamento. Sem dúvida alguma, antes de Deus usar um homem, Ele tem de prepará-lo primeiro. O preparo de Deus, às vezes, é um tratamento dolorido, porque Ele precisa desligar coisas que estão enraizadas no coração humano.
O Senhor ao escolher Abraão para cumprir os Seus propósitos, aparentemente Ele estava escolhendo a pessoa errada. Porém, o Senhor olhava para o coração disposto a obedecê-Lo. A fé e a obediência do coração colocam o homem na posição em que Deus quer. Quando chamado, Abraão partiu sem saber aonde ia. Andando com os pés, mas guiado pelo coração.
Era um coração forte dentro de um corpo fraco. Era um homem sem a força de homem. Um homem que ficou forte por causa de sua fraqueza.
A obra de Deus foi realizada na vida de Abraão. Primeiramente, Deus fez de Abraão um homem preparado, para depois, torná-lo um pai consciente, feliz e abençoado.
 A vida do Espírito produz crescimento na Igreja. Logo, ela se conscientiza de que o caminho para o lucro é a perda. Porque, perdendo-se é que se ganha. A morte não é o fim, mas o início da nova vida de dependência absoluta do Senhor. A morte é a colocação da velha vida na sepultura. A nova vida é o poder de se viver sobre a morte numa projeção espiritual de alcançar a plenitude do padrão de Deus para os seus filhos.
Não é bom ficarmos remendando as coisas com o velho tecido do desprezo, à maneira de Deus agir na Sua infinita sabedoria. Deus pode usar os meios mais impróprios aos nossos conceitos para realizar os desejos do Seu coração.
Uma das maiores dificuldades que enfrentamos, e que impede o Reino de avançar em nós e através de nós, é porque aceitamos com muita naturalidade as coisas com motivações espirituais erradas, como sendo os limites das nossas aspirações; estorvando, desse modo, toda a potencialidade da nossa fé. Não podemos de maneira nenhuma estacionar o nosso coração na busca de novas experiências. Muito pelo contrário, devemos ativar a nossa fé, e fazê-la transpor as demarcações estabelecidas como linha final das nossas aspirações espirituais. As explorações neste campo nos mostram que, quando a torrente da vida espiritual seca, Deus nos remove para outro lugar, utilizando critérios para nos ensinar que acima de tudo, as coisas estão dentro da Sua permissão e que elas acontecem segundo as Suas determinações.

                                                                                            Pr.Zelito Freitas
Segunda Igreja Batista Getsêmani

Nenhum comentário:

Postar um comentário